Bastam os sonhos e a entrega às fábulas em um banho de lágrimas
Regado a aflição
De uma dor mais forte, do desprezo e um corte no peito.
Nos parques e avenidas com os pés no chão,
Com o escuro da noite vem a solidão
Entorpecidas, são as regras do jogo.
Enquanto há dor, há lágrimas neste fútil vapor,
E regada aos prantos se entrega em uma primavera sem flor
Uma criança perdida no front sem brinquedos e sem amor
Entrega os anjos pra guerra em um rastro de fome e de dor.
Os ventos que levavam as pipas pro ar hoje levam a esperança.
Dos tempos de criança na beira do mar só me resta lembrar.
O sonho de ser o rei do futebol
Brincando no quintal até o por do sol
E a noite sonhar com os anjos que hoje estão...
Anjos na guerra...!
Será que tudo vai mudar?
Nos faróis da cidade a esmola é a verdade nas ruas.
Enquanto há dor, há lágrimas neste fútil vapor,
E regada aos prantos se entrega em uma primavera sem flor
Uma criança perdida no front sem brinquedos e sem amor
Entrega os anjos pra guerra em um rastro de fome e de dor.