Nesta liberta noite
Entre becos escuros
E os muros da Mauá
Sigo peregrino
Numa marcha constante
Sem hora para acabar
São duas e dezesseis
Os pneus na avenida cantam
A alegria chegada
Com essa madrugada
E suas próprias leis
No centro reencontro
Os soberanos donos da rua
Em bares, festas e esquinas
Estão todos a procura
De um ponto certo
A praticar loucura
Meus livres pensamentos
guiam-me ao Bom Fim
só sei que lá
eu vou acordar
junto a loucos punks
num amanhecer de jardim