Todo dia a gente acorda pra matar um leão
O pai de família que levanta cedo em busca do pão
Sem mesmo ter certeza da volta
Enfrentando lá fora a discórdia
Pague o preço da vida, ouça o grito miserável
Que vem com o vento, e ninguém vê
A vida na rua ensinou a sobreviver
Vivendo um dia de cada vez,matando crocodilos
Quem falou em democracia, no lixo em que vivemos
A morte do pobre é um alívio
E o plim plim que te seduz, é o sino do teu enterro
Cada parcela de omissão vêm com juros
Que não podemos pagar
Nesse dizimo nacional, desse povo, boçal
Eu não me rendo, não me entrego e não me vendo
E o grito de uma nação, que se cansou da repressão
Eu não me rendo, não me entrego e não me vendo
É agora ou nunca,chegou a hora do tudo ou nada
Não me diga o que fazer, isso é por mim e por você
Na selva!
Nesse dizimo nacional
Desse povo boçal
Uma desgraça sem fim
Toque o terror enfim
Na selva, frustrado, onde nem tudo é o que se vê
A um passo de se foder!!