A flecha chamada ciúme
Cravada no bonde chamado desejo
Correndo no trilho chamado paúra
Que fica na rua do desassossego
Esquina com a praça da ilusão perdida
Distante do bairro de nome aconchego
Onde fica a casa chamada carinho
Vizinha da marginal do desapego
Que corre ao lado do rio melodia
Sobre o qual um barco chamado passado
Navega pr'o porto chamado destino
Com seu marinheiro chamado chamado
Com o mastro que alguém batizou desatino
Com a vela que alguém nomeou desamparo
Sob a tempestade que chamam desejo
Que também é o nome do bonde que pego
E dentro do bonde, num banco vazio
Repousa uma caixa
Que é toda mistério, mas há uma etiqueta
Em letra de forma escrito
A flecha chamada ciúme
Cravada no bonde chamado desejo
Correndo no trilho chamado paúra
Que fica na rua do desassossego
Esquina com a praça da ilusão perdida
Distante do bairro de nome aconchego
Onde fica a casa chamada carinho
Vizinha da marginal do desapego
Que corre ao lado do rio melodia
Sobre o qual um barco chamado passado
Navega pr'o porto chamado destino
Com seu marinheiro chamado chamado
Com o mastro que alguém batizou desatino
Com a vela que alguém nomeou desamparo
Sob a tempestade que chamam desejo
Que também é o nome do bonde que pego
E dentro do bonde, num banco vazio
Repousa uma caixa
Que é toda mistério, mas há uma etiqueta
Em letra de forma escrito: Amor.