Chego e te vejo beijar um aborígine na Vilamar
Os dois a brindar às suas mentiras com vinho de bar
Vinho de bar
Olho-te e ouço teu riso
Tanto me sinto perdido chorando calado no frio
Mau pranto de um coração por inteiro desiludido
Da sua noite o que seria
Se eu berrasse "vadia, vadia"
Eu direi bem alto
"Vadia, vadia" eu gritei
Da sua noite o que seria
Se eu berrasse "vadia, vadia"
Eu direi bem alto
"Vadia, vadia" eu gritei
Cena de briga no bar da Avenida Vilamar
Briga na Avenida Vilamar
Por isso estás sem enfeites
Por este homem vendeste as joias que eu te dei
Não tente perdão, não lhe desculparei
Não, não
Arde a ferida profunda
Moça das mentiras múltiplas
Moça infiel, vagabunda
Cresce o desgosto em mim como nunca cresceu
Da sua noite o que seria
Se eu berrasse "vadia, vadia"
Eu direi bem alto
"Vadia, vadia" eu gritei
Da sua noite o que seria
Se eu berrasse "vadia, vadia"
Eu direi bem alto
"Vadia, vadia" eu gritei
Cena de briga no bar da Avenida Vilamar
Briga na Avenida Vilamar
Auge da sua historinha, hora do fim
Veja, meu bem, meu revólver voltado pra ti
Caída, última vez que olhas pra mim
Morta num miserável botequim