Me estendeu à mão, pareceu-me tão amiga
Me contou teus segredos, se mostrou assim tão sincera
Logo depois apagou à luz no cinzeiro
E cortou os teus pulsos, me jogando assim tua culpa
Sem o menor pudor com ofensas me agrediu
Me expulsou, bateu-me a porta e depois fugiu
Esse é o blues do teu desespero
Que se contorce de dor
Como uma canção de amor
Que de muito, têm pouco valor
Me deu teu desprezo, fez metade de tudo
E a tua dignidade, perdeu pelas porta dos motéis
Como uma cigana previu meu futuro
Descaso, rebeldia, solidão e hipocrisia
Essa é a sina de quem não chora só
Essa é a sina de quem não se move por um fio de dó