O sol do meu quintal não aquece meu espírito
Ao luar o meu sinal e nem sei se ainda estou vivo
Entre a bala e o disparo e todos os acasos
Entre as burrices que eu faço que me tornam vulnerável
Entre o pé, o pó e mão e a fumaça do cigarro
Entra sua descisão e os planos que não faço
Entre e idéia e a viagem
A beira ou a margem
Entre a chuva que hoje desce e o pôr que já vai tarde
Entre dós e outros tons
E todas as escalas
Entre as flores do deserto que nascem na estrada
Entre o beijo e o olhar e a língua que não fala
Entre o que te faz pensar e as pedras da calçada me deixe estar
A léguas do asfalto entre vaias e aplausos
Entre tudo que roubaram e o que nunca foi me dado
No encanto do encantado e naqueles olhos rasos
No sono acordado e no vento que foi ventar