Quando os dedos passeiam,no corpo de uma guitarra
A alma solta as amarras,que pela noite vagueia
Numa clave de lua cheia,refaz os versos mais puros
Que até os sonhos impuros,aqui no peito incendeia
Então eu solto o meu canto,que vá pela noite a dentro
Levando este sentimento,que sai em forma de pranto
não que eu queira ser santo,mas busco uma vida longa
Pra me adonar das milongas,que há na pauta dos campos.
Refrão:
Guitarra,canto e,saudade,tríades da mesma dor
Só tem valor de verdade,quando,se,sofre de amor...
Quando a alma facilita,e a saudade toma conta
os dedos gastam as pontas e a vaneira sai bonita
Parece que já vem escrita,dezde a prima até o bordão
Com as penas de um coração,na dor,que só ela evita
Talvez a unica maldade,que a vida guarda para a gente
Sentir-se assim,derrepente,sem sonho e sem,realidade
Escondidos na vaidade,do mundo tolo que esbarra
Tendo nos braços a guitarra,cantar,sem sentir saudade.