Todos querem
Mas nem todos são
Tudo o que esperam
Todos seguem
Os outros que vão
Cegos e sem direção
E há quem se estranhe neste lugar
Na memória uma história
Que jaz no fundo do mar
E é velho o rombo neste porão
Ao comando de um rato
Que evade a tripulação
Todos esperam
Um vento a favor
Das suas velas
Todos cantam
P’ra espantar a dor
Não há remédio melhor
E corre nas veias todo esse mar
E o instinto em amarras
Ávido de navegar
E há o legado de ir mais além
Já daqui nada vem
Mais que um presságio de azar