Um dia o dinheiro vai dizer
Aqui eu vivo por você
De repente na minha frente
Um clarão um flash
No concreto cinzento
Sob os narizes dos aviões
E desse povo agourento
Nos seus altos prédios
De janeiro a fevereiro nada muda
E a cidade fica nua
Pra espantar todo o medo
Da luta que se trava mãos armadas
De canetas e contratos
Labuta dura
Refrão
Vivemos em telhados de vidro
E no asfalto passam carros
Tão rápido, sem pensar
Sem dor de saber que existe
Tanta gente triste
Quem estará na vez?
Você pode ser que resista
A esta urbana e cíclica
Conclusão do momento
Consolando minha alma paulista
Com minha menina linda
Busco o resto, no sexo
Afrouxando a gravata,
Peço um chopp no balcão
Só me falta na cidade
Por a bunda lá no Sol
São Paulo de Sol a Sol
São Paulo de Sol a Sol
São Paulo de Sol a Sol
São Paulo de Sol a Sol