Meu sertão se Deus quiser vai ter seu museu de arte
Rancho grande de sapé dividido em quatro parte
Na cumieira um velho sino, o tapete é o próprio chão
A bandeira do divino, um mastro de São João
Na porta bem na entrada, no canto um pote de barro
Machado, foice e a enxada o cocão de um véio carro
Um arado e carpideira, puxado por animais
Na parede uma quaieira e um reio do capataiz
Um berrante pendurado, um arreio e cinturão
Laço antigo enrodiado, um par de espora do peão
Uma espingarda as direita um quadro dos cafezais
Simbolizando a coieitas, a mostra dos cereais
Um restelo e uma peneira, enfeitando a exposição
Ferramenta cafeeira, um o primitivo pilão
Um véio chapéu de palha que custou pouco dinheiro
Capacete de batalha, humirdade dos roceiro
Atravessando o salão, a rede de pescaria
Uma viola e um violão o casar da simpatia
Um monjoloe uma carroça, engenho movido a mão
Tudo retratando a roça no museu do meu sertão