Foi a bordo da lendária barca vostok i
Em 61
Yuri gagarin
Do alto no ar
Como só um poeta viu a terra azul ao léu
Com sua auréola
E sobre ela constelações de leões e de cães
Agora
Quando em torno ao seu corpo gravitam satélites
Estações orbitais
E ampliam os limites
Da guerra e da paz
Ela segue o eterno vôo certo
Que descreve em pleno nada
Planeta-nave nave das naves e das naves mães
Quem dera ver ainda a cena que um dia será comum
Como em "2001"
A terra em realce
No espaço real
E no fundo o profundo abismo negro
Negro negro que dá medo
No céu de vidro brilhos na noite dos txucarramães.