Meu violão
Meu amigo confessor
Teu trovador
Vai desabafar agora
Meu violão
Não existe mais remédio
Para não morrer de tédio
Esta noite vou embora
Meu violão
Ouça bem o que eu te digo
Deixo este lugar antigo
Onde alguém me fez sofrer
Dentro de mim
A alma vai despedaçada
Resta pouco quase nada
Vou partir pra não morrer
Meu violão
É profunda a minha mágoa
Um rio de água
Não lava minha tristeza
Meu violão
Mais um dia que é tarde
Vou morrer igual covarde
Perdido na incerteza
Meu violão
Vou tomar conta de mim
Não posso viver assim
Ao lado desta mulher
Ficando livre outro amor vou escolher
Ela poderá fazer
De sua vida o que quiser
Meu vilão
Amigo confidencial
Não pense o mal do teu antigo cantador
Meu violão eu já aguentei demais
Tempestade vendavais
Foi o lucro deste amor
Meu violão
Vou ver novos horizontes
Beber água de outras fonte
Que espelha o infinito
O amor antigo
Com quem eu vivia aos tombos
Que se parta, vire escombros
Direi sempre amor maldito