Eu sou um gaúcho triste
Que canto pra não chorar
Só choro quando não posso
No meu violão pegar
Se alguém quiser saber
O motivo do meu pranto
Escute com atenção
Estes versinhos que eu canto
Em quase todas canções
Tem uma mulher no meio
Pois esta também tem uma
De onde a tristeza veio
Amei tanto e fui amado
Pensei ser pra toda vida
Quando eu menos esperava
Perdi a mulher querida
Eu me confesso culpado
Pra ela dou a razão
Eu fingia não lhe amar
Pra judiar seu coração
Eu escondia o amor
Pensou que eu não lhe amava
Começou a me esquecer
Em silêncio eu não notava
Quando notei era tarde
Ela disse soluçando
Te amei e não amo mais
Adeus e partiu chorando
Lhe abracei pedi perdão
Lhe beijei com mais calor
Seus lábios estavam frios
Era o fim do nosso amor
E assim tudo terminou
Só me resta o seu retrato
Perece estar me dizendo
Adeus coração ingrato
Agora eu estou pagando
Carregando o meu castigo
Disfarçando a minha dor
No meu violão amigo
Por isto quando eu canto
Meu pranto corre no rosto
De alegre já cantei
Hoje canto por desgosto
Deus lhe ajude meu amor
Quem teve culpa fui eu
Sou um ser humano vivo
Que há muito tempo morreu
Sou um ser humano vivo
Que há muito tempo morreu