Lá onde eu moro de segunda a sexta feira
A lida campeira é a rotina do peão
Mas quando chega fim de semana o que me resta
Rodeio, bailão e festa e eu encilho o alazão
De légua em légua, daqui a pouco sem demora
Vou arrastar as esporas num surungo da fronteira
Campeio o rumo galponzito campeiro
E na sala sou o primeiro a me entrevar na vaneira
Onde tem surungo, rodeio e bailanta
Todo mundo chega, todo mundo dança
Se o gaiteiro é faceiro eu danço a noite inteira,
Nos braços da morena, no balanço da vaneira.
Nesse surungo tem gaitaço a noite inteira
E a pionada fandangueira vem pra sala sapateando
No contra-passo agarradito na cintura
De vez enquanto afiguram e continuam dançando
E a madrugada se aproxima de de passito
Se o fandango tá bonito expande a polvadera
Dele gaitaço seu gaiteiro, não se acanhe
Que o chinaredo se acanha no balanço da vaneira.