Subsolo - Ordem de Despejo - Destruir 歌词

Shawlin:
Aqui nego compra, vende, troca amigo igual a uma bota
E eu vivo na prova, entre cobras e abutres na rota em que eu sigo
E eu faço que eu posso e eu fecho com o certo
De dentro dos ossos, sugamos os versos
Juntamos os nossos, buscamos pra perto
E parece legal, se fosse leal, não traía por trezentos conto
Meu irmão não vale um real
O amigo bebe com a gente, ele fuma com a gente
E se alguém oferecer mais, não cola mais daqui pra frente
Tem quem não vale nem os dentes da boca que só conspira
Da força que nunca põe, da mão que sempre só tira
Pra poucos seria mentira, pra muitos é sai quicado
Pro tipo que se admire e que finge que ainda não sabe
Que a joia que tanto exibe, com peso que ele não vale
Num mundo que não existe, se achando o dono do baile
Não se trata de riqueza, se trata de lealdade
Não existem só certezas, pra isso tem a integridade

Porque os mais gananciosos só conquistam metades
É por essas e por outras que eu vou atrás da verdade
(Nem que destrua a cidade)
1 pela grana. 2 pelo jogo. 3 pela fama. Vai, confessa pro meu povo
Porque os mais gananciosos só conquistam metades
É por essas e por outras que eu vou atrás da verdade
(Nem que destrua a cidade)
1 pela grana. 2 pelo jogo. 3 pela fama. Vai, confessa pro meu povo

Lumbriga:
Integridade e firmeza são coisas que vão a mesa
Alimento pra minha honra e afirmação da minha certeza
A nobreza que muitos dizem ter. Fala mas não executa
Dois ouvidos e uma boca, então fala menos, escuta mais
Se orgulha por ser firme, isso é mais que ser sagaz
Os que se dedicam, a diferença que faz, na crença que pros demais
A festejam, mas não em paz, porque almejam sua recompensa
E no fim isso não compensa.
Sabedoria mundana, eu aprimoro em meio a uma vida insana
Ignoro o que não me serve. Entrego o time íntrego
Pra que ela se preserve, ligado ao meu caminho
Um caminho que leve a fé dos fatos que aqui condizem me dizem
Para que eu observe e eu observo
Vamo saber no fim se é só um cervo ou se um servo da equidade
Manter o acerto que me serve integridade, aos oitenta de idade

Kamau:
Eu só posso falar da minha, mantenho, não perco a linha
Me empenho sem picuinha, não venho com conversinha
Se todo homem tem o seu preço eu não sei o meu
Não sei o valor da alma, da vida que Deus me deu
Mas me apego, como se fosse tudo o que me resta
Coisa que não se troca, não se aluga, não se empresta
Pra um monte eu sei que é festa, qualquer trocado serve
Mas minha estadia é breve, não deixo que me leve
Quem deve, teme, se esconde, nunca me pergunte onde
Não espere que eu aponte, verdade bebo na fonte
Conte comigo pra ser inocente como criança
Astuto como adulto, mas ainda na esperança
De encontrar um caminho mais tranquilo pra minha meta
Com altos e baixos, mas bem melhor que a linha reta
Que seduz por ser mais fácil,mas leva à vergonha eterna
Ando na resistência pra não ter que abrir a perna
Sou firme no pensamento, no mínimo cem por cento
Garanto no testamento toda a minha integridade
(Nem que destrua a cidade)
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