Olhando atrás de todas as coisas
Sem direção, pleito a navegar
Buscando a deriva um horizonte
Alguém que guie ao norte
Pra quem chegar
Eu vi você e mesmo distante
Encontrei motivos pra me aventurar
Meu barco ia pelo vento forte
Já não temo a sorte
Preciso chegar
Pois sei você é a luz do meu caminho
E já não temo mais me aproximar
Pois com você não me sinto mais sozinho
E sei
Quanto tempo eu te procurei
Quanto tempo eu caminhei
Até te encontrar
Até te encontrar
Meu pai se um dia eu soubesse
Se eu no fundo quisesse
Não me perder tentando encontrar
Mas eu queria ser grande
Não vendo nada adiante
Do que poder e a fome de ganhar
Hoje te peço perdão
Te entrego o meu coração
Ouve a minha oração
Deixa eu falar
Pois no meu peito padece
A chama que agora aquece
Tente entender o que eu vou rimar
Te procurei por caminhos estranhos e me perdi
Na busca mal sucedida por vida quase morri
De sede, me embriaguei tentei sacia-la sem ti
Não te encontrei, não te toquei, não vi, não te senti
Me divertia, sorria, mas não me saciava
Participando da mesa que não me alimentava
Ainda um tanto confuso pra casa retornava
Olhando pra mim mesmo pelo trajeto pensava
Nesse tudo um grande nada era o que eu encontrava
Me sentindo cheio só do que me esvaziava
E o que me distanciava me aproximou
Quando eu vi que era o fim ele me encontrou
Sujo, abatido, envolto no vicio
Me mostrou que pra cada fim existe um novo início
Me deu perspectiva, juntando os meus retalhos
Me mostrou que o caminho é ele e não existe atalhos
E quando tudo aqui chegar ao fim
Verei meu redentor