Aw
Mayday! Peidei!
Mayday! Peidei!
Mayday! Peidei!
De novo não
Mayday! Peidei!
Mayday! Peidei!
Mayday! Peidei!
Três e doze da manhã
Sem cachê nem fã
Sem turnê nem van
Quem me vê não viu
O que eu passei pra ser
O que eu sofri no frio
Sem temer o divã
Quem não ferra a vida alheia
Nem semeia o mal na terra
Tem respeito na real
Ricos choram de barriga cheia
O cidadão de bem receia
Ficar sem mingau
Do meu lado pra lutar ninguém
Pra vencer na guerra
Vários tem que sangrar
Amigos hoje são apenas
Números no celular
Bêbados de bar
Meu emprego não me traz sossego
Quanto mais eu ralo
Menos tenho pra gastar
O certo é ser errado
Seu futuro hoje é passado
Vai sobrevive sem pirar
Sem dinheiro sem mulher
Primeiro o que ela quer
Depois o amor
Depois de uns anos dor
Depois uns danos por amantes
Pra ver quem mete mais chifre
Sem perder o pudor
Que fedor seu governo suga seu suor
Julga seu valor fuga não te leva a nada
E na quebrada outra quadrada engatilhou
O mercado subjuga o seu melhor
Mata o sonho de quem sonha só
Vergonha é a fome e o rico não tem dó
Poder é o nome e o pobre ripa pó
Quem sabe some não se envolve em vão
Na mão dos home se descobre são
Cagoete na vala e a boca se cala
Silêncio é colete á prova de balas
Grito o que penso digito o que sinto
Eu não minto á mim mesmo na farra
Meu cinismo atrapalha mas cala o canalha
Põe whisky na jarra
Quero meu império prospero e reitero
Sustento eu consigo na marra
To de pé na ralé sem migué
Vou na fé eu tenho garra e
Flow sou da época boa do rap
Onde os cara colava nas festa
E moxava com uns beck e bebida
Sem briga com as mina então
Fala a verdade compara e repara
Que os pleyba fuderam essa cena
E a saudade que eu sinto se foi
Meus amigos sobraram um ou dois
Me deixaram na merda e vazaram dali
Mercenários mataram o movi
Contrataram os de fora e os daqui
Se fuderam na história e a memória
Matuta o que agora era outrora da hora
Metralho esses filha da puta que eu vi
Destruirem meu nome e o afastarem
Dos palcos por treta com quem
Seu chiqueiro é mutreta também
Verdadeiro e se foda se alguém não agradar
Do que falo fudendo até o talo
Renego seu ego pisando no calo
Matando meu jogo no jalo de fogo
Da noite passada cerveja gelada
Punheta com beeg
Minha mulher menstruada
Sem grana no banco
Nem preto nem branco
Fui massacrado por ser no passado
Esse Solto hoje apenas
Um ponto nulo no céu
Putaqueopariu do dinheiro sou réu
Paga as contas ou morre de fome
É a verdade o renome não paga motel
Fiz meu nome durante uma década
Fiz da minha vida uma letra em um papel
Deixo aqui meu legado sem féu
Nasci condenado mas livre
Morri como um mártir ao léu