No portão do cemintério de Paraibuna está escrito.
"Nós que aqui estamos, por vós esperamos."
Os mortos que lá estão, lá permanecem no seu descanso eterno.
A não ser se depois de sete anos, a terra não queira mais o seu corpo.
Isso não é um mito, nem uma lenda.
Esse é o imortal que vive vagando pelas matas morros e brotões de nossa cidade.
E é chamado de corpo seco.
Não estamos ressuscitando um ser que nunca morreu.
Estamos iluminando o ser que sempre esteve vivo.
Nós que aqui estamos
E por vós esperamos
Abram-se os portões
Pra que eu possa entrar
Do corredor das sombras
Também vou participar
E entrando nessa festa
Posso ir pra qualquer lugar
Hey!
Tem um magrelo
Zanzando pelo matagal
Um imortal
Cuspido pela terra
Que nem Deus nem o diado
Querem aceita-lo
Com seu chicote e seu chapéu
Odiando inferno e o céu
Que sempre tem seu nome
Tu és o desejo do cachorro
Que subirás o morro
Pra se esquentar ao sol
Tu não és Tarzan
Mas tu és o rei da mata
Tem um magrelo
Zanzando pelo matagal
Um imortal
Cuspido pela terra
Que nem Deus nem o diado
Querem aceita-lo
Com seu chicote e seu chapéu
Odiando inferno e o céu
Que sempre tem seu nome
Tu és o desejo do cachorro
Que subirás o morro
Pra se esquentar ao sol