Vai, madrugada
Pede à noite enluarada
Que clareie aquela estrada
Onde passa meu Hermano
Nem tudo afinal
É só punhal
É noite, é escuridão
Nem tudo é temporal
Tem flor carmim, coral
Manancial
Água de ribeirão
No céu constelação, violão...
Nem tudo é só metal
Mar glacial
É dor, é solidão
É nau sem direção
Tem sol no meu quintal
Cor de cristal
Ouro de aluvião
Que cai na minha mão, floração
Gente que o sol clareia
Que traz a chama no olhar
Gente que chega pro sol raiar
Gente que a luz semeia
E faz meu povo sonhar
Vai, meu irmão
Cobre o chão de cantos de amor
Cobre o chão de encantos...