Deixou Abraão a sua terra;
De Ur seguiu pra Canaã,
Foi peregrino, estrangeiro,
Pois na promessa ele creu;
Que geraria um grande povo,
Imensurável feito o pó,
E mesmo sendo muito idoso
Firmou-se nessa esperança.
Foi passando o tempo, envelheceu,
Sua fé manteve seu vigor
Assim fez-se moço
E Isaque ele abraçou: Um menino!
Aos cem anos o gerou.
Isaque: filho da alegria;
Seu nome isso quer dizer,
Pois colocou nos lábios riso
E Sara, a mãe, mal pôde crer!
Cresceu e então foi desmamado
O filho amado pelos pais
Foi celebrada uma festa
Banquete imenso, suntuoso!
A mais dura prova Deus propôs:
Toma o filho amado, singular,
Sobe até o monte,
E holocausto a mim prepararás
O menino, tua mão imolará.
Sobe Abraão, ergue um altar
Toda a lenha arrumou
E o menino pôs por cima
Mas uma voz veio do céu:
Não estendas a mão!
O Cordeiro é preparado.