Tinha tantas coisas pra dizer, mas eu me calo
Eu não me conheço mais
Nem eu mesmo sei quem sou
Faço o que não quero
E o que quero eu não faço
Estou seguindo os passos
Dos pedaços que restou...oooh!
Ouço um grito, um tiro, alguém morre na esquina
Escolha, sorte ou sina
Armadilha desarmou
Outro grito rompe, despedaça as vidraças
Outra vida passa, outro sonho acabou
Estou sentado à porta do tempo esperando
Que alguém se compadeça, me ordene e volte a andar
Há trinta e oito anos estou no leito esperando
As águas se moverem, o meu anjo onde está?...onde está?
Me devoram a vida, desfaleço em sua frente
Indiferente ataca, me devora o coração
Adormecem em sonhos, os sonhos dos inocentes
mentes torpes frias, insensível coração....coração
A indiferença me assassina, sou uma vítima dessa guerra
Quando os maus governam a bandeira não tem cor
Tantas coisas pra dizer, também tenho os meus conflitos
Cada um seu próprio grito, cada um sonho, um sonhador