Nessa terra entregue à sorte
Aos ritos de guerra e morte
Desespero e sofrimento
Que me rodeiam há tempos.
Recontar os meus segundos
Não vai mudar o mundo.
E negar que existe Deus
É também dizer adeus.
Meus caminhos, eu que traço
Não quero mapas falsos
Pra me mostrar
O que eu não vou ver.
É como estar num mar sem direção
E olhar pros lados, sem noção;
E se salvar, não quer saber
Se eu vou sobreviver.
Recontar os meus segundos
Não vai mudar o mundo.
E negar que existe Deus
É também dizer adeus.
Não vou voltar as horas
Nem repetir palavras
Que não me levam a nada.
São tantas vozes para ouvir
São tantos ventos a seguir
Mas nenhum vai me levar
De volta.