Por trás de cada olhar distante e vazio
Há uma história a ser contada.
Batalhas perdidas, palavras erradas,
Decisões equivocadas.
Que dita o rumo daqueles
Que questionam se
São frutos de um legado
Fracassado e como fazer para fazer igual.
A culpa se faz presente, densa por todos os lados.
Onipresença inconveniente
Que envergonha quem ousa chegar
Perto demais para se notar, longe demais, descaso.
Perto demais para suportar, tarde demais.
Nem sempre foi assim
Mas como está é bem mais forte do que
Ser o que se é e não...
...Saber como será o amanhã?
Dar ao tempo o que é do tempo e esperar pra ver.
O respirar e o pulsar sincronizam-se num acelerado balé
Ao som do silêncio.
Os olhos varrem seu reino de quatro paredes atrás de qualquer coisa
que chame a atenção.
Repousar num travesseiro
Momento de glória, momento na história.
Singular, inebriante, um sono de paz um sonho distante.
Perto demais para se notar, tarde demais.
Agora é assim
Como está é bem mais forte do que
Ser o que se é e não...
...Saber como será o amanhã?
E dar ao tempo o que é do tempo e esperar pra ver.
Acordar, levantar, se alimentar, sair,
Trabalhar até as seis, voltar pra casa, ir dormir.
Nem sempre foi assim.
A busca incessante por conforto e respostas
Pende,pende, pende, penderá.
Mas nada disso importa
Se eu estiver do meu lado da porta
Pois não há outro lugar
Onde eu queira estar.