Há quem diga que devemos agir como heróis
Esquecer o capricho que ficou pra traz
Superar todos os limites dessa vida
Mostra-se sempre forte nada mais.
Quem seria capaz de fazer alguma mudança?
Mesclar muitos soldados que estão na contramão
Na falta de abrigo recorrer ao prazer mais absurdo
Mesmo que esteja fora do compasso da compaixão.
Acima da torre sentinelas fazem a segurança
Momentos de pânico da sociedade que se desfaz
Em litros de anestésicos e a fumaça que balança
Para afagar o remorso de alguém que não vive mais.
"posso saber?... o que mais, se desfaz... nunca mais vai saber
Quem contrai vírus mortais, pela paz, nunca mais... vai saber?"
Há quem jura ouvir o apelo da sua voz
Na foz do rio doce um mar vermelho
O sangue que aqui jorra em frente ao espelho
É da temível arrogância que nos deixou só.
Se aventurar é perpetuar a espécie
Somos vampiros sedentos por ocupação
Filhos primitivos de uma nova era
Banidos no desgosto intenso desta nação.
Quem vai saber o que eu mais preciso
Sobre esses aspectos chegar a uma conclusão
Selar o labirinto em que sigo perdido
No risco de invocar a ira do "deus da salvação".
"posso saber?... o que mais, se desfaz... nunca mais vai saber
Quem contrai vírus mortais, pela paz, nunca mais... vai saber?"