As festas da Chica que manda
Deslumbravam a sociedade do local
Diamantina era uma flor
De amor sem preconceito ou ritual
No castelo da palha
Dava gosto de se ver
Aquela que já foi escrava
Demonstrava o valor do poder
O amor lhe deu tesouros
Que vivia pra gastar
Dos gemidos da senzala
Nem queria recordar
O amor lhe deu tesouros
Que vivia pra gastar
Dos gemidos da senzala
Nem queria recordar
Esta negra caprichosa
Convidou o rei da Costa do Marfim
E o recebeu de forma suntuosa
Que a festa parecia não ter fim
A nobreza esqueceu os preconceitos
Irmanada com o povo festejou
Parecia que a liberdade sonhada
Se fez convidada e se apresentou
Só Minas Gerais, só Minas Gerais
Poderia ser o palco desta história
Que gravei na memória
E o tempo não desfaz
Poderia ser o palco desta história
Que gravei na memória
E o tempo não desfaz