Expia, cadê tchás crêanças
Siriri e cururu é melhor entrar na dança
Jacaré que anda na rua?
Nada disso tchô moço
O instrumento daqui é viola de cocho
Desigualdade foi no quilombo do piolho
E a Rusga foi a Farroupilha de Mato Grosso
O senhor de engenho
Matou por terra, mata por tudo
Nó de cachorro destrói família
Que deixa em luto
A Salgadeira se tem que ver, cenário lindo
Enche de brilho o olho do pobre todo domingo
Infelizmente o que era nosso, hoje é dos gringos
E o rio Cuiabá virou Tietê, tá poluído
Vote tá danado, rufe-le tchuce-le e tiro pra todo lado
Tá errado, vejo isso por outro lado
E se você não sai daqui, outro lugar não te seduz
Nasceu aqui, morreu
Aqui é de Tchapa e Cruz
Palavras que são ditas, crenças são discutidas
Minhocão e Negrinho D'água, vish e tem curupira
E aquele ditado que ainda dizem por aí
Comeu cabeça de pacú?
Não sai daqui
Sai do sudeste
Meus pais cabra da peste
Quando criança mal sabia que existia o Centro-Oeste
E aqui vim morar
Terminei de me criar
Mal sabia eu do calor que ia passar
Cuiabá cheio de mito
No asfalto faz ovo frito
Aqui é nosso Saara, cercado de arenito
Desodorante reforçado
Pra não fazer feio
Sou pobre, mas sou limpinho
É desse jeito
Gosto do bom-bom jaco
Mas não curto friagem
Sou mais as regatas pra expor as tatuagens
(Colagem) é quente doidão a ideia que eu te lanço
Tem as cachoeiras deixe de pagar de ganso
Se vai de frio eu vou de calor
Então cada um na sua
Eu fico é com o calor de "Cuia"