Se fosse um teatro, diante da cena
O povo decerto iria aplaudir
Tem coisa na vida que a gente tem pena
De deixar de lado porque vai dormir
Na beira da praia passava a morena
Na ponta da nuvem nascia o luar
Um quadro perfeito, uma fotografia
E o dia morria no fundo do mar
Ôo Garapuá
Ficou na cabeça aquele cinema
Nos olhos molhados o ardido do sal
O gosto do peixe, a visão da morena
Mostrando seu corpo queimado de sol
O porto distante, a barca pequena
A ilha que some, um adeus pra se dar
Me bate tristeza na tarde serena
Não tem mais remédio, vou ter que voltar
Ôo Garapuá, me diz quando será
Não dá mais pra esperar
Ôo Garapuá