Rio barrento, Rio madeira
Desce madeira de lei
Dos sonhos que eu mergulhava
E que tanto de afoguei
De encontro à correnteza
Sobe canoa guerreira
Caboclo do remo firme
Força da natureza
Tartaruga preguiçosa
Troca a areia pelo rio
Cobra grande é quem faz ondas
Como se fosse navio
Barro cai, mistura a água
Amarela feito tinta
Batelão, cheiro de peixe
Deixando notícias minhas
Tarrafa, beira de proa
Água tirada de cuia
O rio bordado de verde
E o gosto de vida pura