Calamidade teu requinte de crueldade
O diabo é um detalhe, e é um inferno moldar-lhe
Com minhas entranhas fedendo a saudade
Alagou tudo, do ópio à piedade
Maldade
Meu quarto é meu abrigo
Teu toque, meu domínio
Mora
Quimera e quasímodo
Que mera dor, um quase mudo
Chora
Negação acordar com uma carta
Manchada de um vinho barato sobre a almofada
Embora foi-se embora na madrugada
Levou os estandartes dessa casa
Alvorada
Meu quarto é meu abrigo
Teu toque, meu domínio
Mora
Quimera e quasímodo
Que mera dor, um quase mudo
Chora
Meu bem um covarde sentimental
Só trago verdades e cigarros roucos
Um desfecho marginal
Te trago pra mim pr’eu morrer por ti aos poucos
Calabouço
Meu quarto é meu abrigo
Teu toque, meu domínio
Mora
Quimera e quasímodo
Que mera dor, um quase mudo
Chora
Você é adorável, sabia?
Tens um charme natural, fala como se quisesse seduzir
Repete coisas enquanto dorme. E falando nisso, não perca o prazer de te ver dormindo
Enquanto eu saía, meu coração espancava a cada 3, 2
Única não detalhista. Não sou imune nem refém
Foi selvagem, transcendental, sublime
Você sussurrou palavras ilícitas, e eu gostei
Mas meu sobrenome é caso de um caso, nada de 2, 3
Não sou puta, não sou ladra. Sou pura paz
Só a antropofagia nos une, e nada mais.