Há de duvidar pra quê?
Nem se quer saberia, mentiria
Para não admitir estar na defensiva
Sempre foi e sempre será, a nossa razão por nos temer
Todo dia alguém descobre em vão que a utopia, quem diria, morreu Na tentação de ver o céu nublado por dar o seu lugar
E no que eu quero acreditar é o que me influencia?
E no que eu devo acreditar?
Será questão de acreditar?
Se nessa vida nada nos mantém por trás cabe ao mundo refletir
(E sobre nós) Não é verdade eu sei
Não há ser se nunca foi, passado
Não é verdade eu sei
Não há de ser se nunca foi, presente
Então se resta, melhor dizer que sempre foi
Futuro em seu incerto e próprio ser
Futuro pra nunca mais acontecer.