Gilda passeia pela esquina
Todos os homens parecem iguais
E quando anoitece eles fixam
Seus olhares canibais
Gilda nasceu e desde menina
Nunca lhe deram um pouco de paz
Cresceu assim solta na vida
Não souberam lhe amar
O lugar onde ela passa
Os homens fumam e bebem muita cachaça
O lugar onde ela pisa
Os homens pedem, se perdem, imploram...
Gilda abre a janela
E a vida passa por ela
Ela quer fazer a viagem
Mas não quer mais voltar
Tudo que ela queria
A fama era tudo na vida
Entre uma dose e outra
Ela brilha até se apagar
Gilda, sua roupa, sua boca vermelha
Provocam insânia no mais puro dos mortais
Seu corpo, seu sexo, seus seios de deusa
Sobrenaturais...