Seu moço eu trabalho é desde de menino·
Empurrado pelo destino a procura de um quinhão
De sol a sol no cabo da enxada
Pra tratar da meninada, mas, sem um pedaço de chão
Seu moço eu bato à sua porta
Não deixa a esperança morta, eu preciso trabalhar
Olha os calos em minhas mãos, Sou mateiro, do sertão
Com muitos filhos pra criar
Eu sou mais um sem terra não quero guerra
Eu quero é plantar pra comer
Eu sou mais um sem terra não quero guerra
Eu quero é plantar pra comer