Tenho a mania, sou um doente do fado
Vou com ele a qualquer lado, se não vou faço fita
Tenho a mania, quando ouço uma guitarra
Canto o fado com tal garra que a malta delira e grita:
Ah Fadista! És a pantera do fado!
Mostra lá como se canta, todo rufia, sempre a gingar
Ah Fadista! Grita o povo entusiasmado
Assim é que é ter garganta e assim mesmo é que é cantar!
É uma doença sem tratamento nem cura
E já ninguém me segura se nota a minha falta
É uma doença, que mata mas faz viver
Cantar o fado e beber e ouvir as bocas da malta:
Ah Fadista! És a pantera do fado!
... ... ...
Vivo pró fado! A minha idéia não muda
Esta fadistice aguda está no sangue, não finda
Vivo pró fado! Quero morrer a cantar
Ouvindo a malta a gritar "Ah tigre! Ah boca linda!"