As casas brancas quase taperas
Mantêm esperas por quem já não vêem
De porta aberta como se o tempo
Por contra tempo não viesse também
Emolduradas de ciprestes e parreiras
E a mangueira encerrando o passado
Na coxilha desafiando o vento
Um cata vento a muito parado
Um fogo miúdo acesso no galpão e a solidão só existem pros mortais
Pois a alma que aqui plantou semente certamente ronda estes quintais
O recuerdo dos tempos passados ficou arreglado nas paisagens quietas
As casas brancas contam histórias lutas e glórias que o amanhã desperta
Mantêm silêncios de um fim de tarde
Sem o alarde que empesava a lida
Sem recolhida pois deixou que o tempo
Sem sentimento recalasse a vida
E aqueles que aqui matearam
E silenciaram na terra bruta
Deixaram o corpo para ser saudade
E a eternidade pra mostrar a luta
Assim as casas são heranças vivas brancas maldivas de paredes grossas
Sabem que o tempo não passou para elas mantêm-se belas nas lembranças nossas
O recuerdo dos tempo passados ficou arreglado nas paisagens quietas
As casas brancas contam histórias lutas e glórias que o amanhã desperta