Sempre estará ali
Confiantes, deixamos
Pra cuidar depois
Não há pressa, pensamos
Num amanhecer qualquer
O sempre estremesse
O depois esmaece
A pressa se instala
Memórias embaralhadas
De um rosto comum
Que ali sempre esteve
Impávido e eterno
Celebram o agora
Como o único sempre
Que logo poderá
Não mais estar
E o depois chegará
Estupefactos, vemos
Novo agora virá
Ainda que neguemos
O quando se apresenta
Com a fatal questão
Com resposta tão certa
Quanto qualquer decisão
Do acaso
Da natureza
E da infalível lei
Da ação e reação