Sempre soube que a perderia, sempre.
E as gotas bombardeiam-me sem dó.
As lágrimas que o meu rosto sente
São marcas da guerra que me destrói.
Tenho nos pés coturnos encharcados
E no sangue, um veneno que me mata.
Meus sentimentos estão encarcerados
E eu caminho como um soldado sem pátria.
A chuva me machuca até eu me desfazer
Mas apenas a dor me traz algum prazer.
Sou uma criança que não leva a vida a sério.
Sou um amargurado; um triste velho.