Um velho sábio
Sentado na esquina
Conta histórias antigas
De um mundo livre
Mas eu tenho medo do que vem depois
Não existia fome
Nem corrupção
Não existia pólvora
E nem sangue no chão
Mas eu tenho medo do que vem depois
Um velho sábio
Sentado na esquina
Escreve as suas rimas
Com ouro e carvão
Mas eu tenho medo do que vem depois
A mão do homem criou as armas
E começou a destruição
São poucos que ditam as regras
Da miséria onde muitos estão
Mas eu tenho medo do que vem depois
Um velho sábio
Sentado na esquina
Faz previsões
Pouco otimistas
Mas eu tenho medo do que vem depois
Aquecimento global
Desastres naturais
3ª guerra mundial
Final dos tempos
Mas eu tenho medo do que vem depois
Mas eu posso sonhar
Com um mundo melhor
É só acreditar
Ou posso esquecer
Das mãos que imploram
Em meio a destruição
Ou esquecer dos inocentes
Com os pés descalços e os olhos tristes
Um pouco de compaixão
Dos gravatas de ternos escuros.