Meu nome é Átila nem sou de vulgo
Eu só divulgo uns rap e trago uns conteúdo
Já disse não é com t mudo
Mas num rap com p mudo as mente dos moleque no rolê
Tipo Brasil com P de G.O.G
De A.T.F e N.G.O a S.N.J e R.Z.O
É papo reto mano, esse alfabeto eu sei décor
Faça um rap pela treta e deixe a cena pior
Faça um rap com a verdade e salve a vida de um menor
Dizem que isso aqui é um jogo, mas só jogo com as palavras
Porque nunca fui sortudo em jogo de dados
Dizem que tão pelo povo, mas a nação é escrava
Porque prometeram tudo e nada foi dado
Então ralo e batalho sem dinheiro negô
Eles permitiu trabalho mas dinheiro negou
Os bolsomito prefere julgar meu aspecto
Se não teve na minha pele, não me diz comé que tô
Cês me desconectou da minha raiz
E toda minha raiz é regada agora por cobiça e separação
Fui desplugado igual cabo de fone
E eu me acabo de fome agora por justiça e reparação
Essa tal obra já ta com defeito
Tão pregando amor a Deus e martelando os que vem do gueto
Tô ligado no seu preconceito
Me pede pra aceitar Jesus, mas não aceita que jesus é preto
Luto de preto agora
Como já disse o mano Arthur
Até as nuvem quando é preta chora
Nao sei se rezo a Oxum ou a Nossa Senhora
É isso que apavora
A confusão que nos fizeram de África até agora
Só peço este ano chuva estiano e glória
Luzes me salvem enquanto o sol vem
Esse é meu culto aqui mano, escuta a kimani e ora
Que depois dessa prece agora já posso ouvir um amém
Se esbarro ninguém me ve
Trabalho, mato, corro, morro tudo isso pra que?
Navego em maré de ideias
Guerra de um só
Nem sentimos nem pulsamos mais
Nem sentimos mais
Nem pulsamos mais
Rap
Desde 2001 meu coração
Por ti pulsando
Desde sempre
Verso é livre
Tipo Django
Via e ainda vejo
Muita droga circulando
Por fones e becos
Alguns te culpando
Por podres desejos
É um circo e tanto
Lembro de eu me cuidando
Pra n cair em armadilhas
E n dar brechas que hoje mesmo
Não sigo dando
Com governo dificultando
Eu aprendi que n sentir ou citar esse peso
É o mesmo de que eu estar me curvando
Num terreno de lobos
Ser cordeiro é um perigo, mano
Então, mesmo que eu pareça pleno
Eu ainda sigo uivando
E sigo dando
Corda ao sonho
Que persigo tanto
De ser tão
Rico quanto
Silvio Santos
Sei ser um
Ciclo amplo
Mas, desde meu quinto ano
Rimo, canto
Contra o excesso de menosprezo
E luto por menos preso injustamente
Com a trilha que agrada
Na briga igual Braga
Pra que a vida e a palavra continue
Mantendo o reino
Em justas mentes
Nos querem atrás das grade da cela
Ao invés da escolar
Ou grafitar
Sem usar a arte pra
Aliviar
Desde a África
Esqueceram de nos avisar
Que íamos nos machucar
Ia ter que suar e ficar
Suave lá
Num habitat estranho
Com no máximo 1k de extrato
E ainda distorcem símbolos
Transformando a adição
Em uma suástica
Já que não há descriminação na teoria
Mas isso difere na prática
Varro o beat como um furacão
Já que de saci eles gostam de apelidar
Liberdade é só com fiança
Pois é desconfiança o que minha pele dá
Se, por ventura
Comprasse uma cobertura
Não me espantaria se torcessem fielmente
Pra eu pular de lá
Onde sou
Obrigado a ser faixa preta
Oferecem a linha branca
Nos matam com tiros
E nos culpam firmemente por atirar
Força pra virar
Máxima paz e mais fé
De pé!
Se encrespe e se arme pra
Não cair
Ou se escravizar
Bem que vi
Querem que eu caia
Ao invés de errar e já
Desisitr
Me enraizar decidi
Sigo firme
E digo sim o que meu peito me diz
E me fiz partilhar
Se esbarro ninguém me ve
Trabalho, mato, corro, morro tudo isso pra que?
Navego em maré de ideias
Guerra de um só
Nem sentimos nem pulsamos mais
Nem sentimos mais
Nem pulsamos mais