Entre os olhos da casa grande
E as preces da capela
La vem ela
Com sangue negro
Nos punhos da mão
Eu sei que tu és
Um leal coronel, Fidera!
E os teus olhos inundam
O Seco do mar do sertão
Tu és a ferida que lampião não curou
Corpo que o boqueirão já banhou
Entre o medo e a liberdade
Entre as bordas
Da tua saia amarela
Estão os olhos de um homem
Que um dia se refugiou
Por entre as veredas
Fugindo do estribo das celas
Tu es lenda, é mito
No Canto de um cantador
Tu és a ferida que lampião não curou
Corpo que o boqueirão já banhou
Tu és a ferida que lampião não curou
Corpo que o boqueirão já banhou
Que o o boqueirão já banhou
Foi além do cangaço
E dos engenhos
Do bacamarte nas mãos
De um jagunço dominador
Por todas as dores
Que eu chorei no cais
As lendas vibram demais
Nas cordas no canto de um cantador
Tu és a ferida que lampião não curou
Corpo que o boqueirão já banhou
Que o o boqueirão já banhou
Tu és a ferida que lampião não curou
Corpo que o boqueirão já banhou
Que o o boqueirão já banhou