É a chuva que cai, molhando o jardim.
É a água que corre, nos pés de jasmim.
É o som da pingueira. É noite. É dia
É o compasso da goteira, que parece não ter fim.
É dia, pós dia na terra a penetrar.
Por longos canais , no cume irá brotar.
É o alto da Serra.
É a nascente dos Rios.
É a Serra Geral, no "Suruá" e no "Brejo do Gambá"
É o fileto d'água que a natureza fez criar
É o leito que começar a formar.
É o descer da cordilheira
É a cachoeira, com seu borbulhar
É a correnteza. É a curva do rio.
É a terra fértil para se plantar.
É o verde da mata. É o rasteiro da relva
É o espanto do cervo.
É o colorido das aves.
É o homem em suas margens, a trabalhar
É o percurso dos rios. É o encontro das águas
É o Preto. É o Pardo
É o contraste, no mesmo caixão.
Suas águas paralelas, correm na mesma direção,
Na curva mais próxima acaba a divisão.
Deixando para trás, este lindo sertão.
Levando saudades e o meu coração,
Lançando ao mar, berço da união,
Onde irão repousar, pra evaporação.
Em gotículas retornar, à nova plantação,
Embrenhando na terra, em outro espigão,
Irão renascer, quem sabe!
...Neste mesmo rincão,
As mesmas águas escuras e pardas,
Por aqui passarão
O mesmo caminho, por certo, percorrerão,
Dando novas vidas a este abençoado chão.
Aqui, em miniaturas, a natureza deixou,
O Negro e o Solimões que o Amazonas criou...