Agora não mais se vê o pôr do sol com as mesmas cores de outrora
Seus raios não estão amarelos desaparecerem o rosa e o azul
Não brilham. Não iluminam. Não aquecem.
O sol já não tem a mesma vitalidade
Os pássaros estão mudos, não cantam, não choram e não piam.
As pessoas que se acotovelavam para vê-la passar pelas ruas
Agora não saem de suas casas. Estão tristes, não têm alegria
Não olham, não admiram e não vêem.
Parece que estão alienadas ou em outro planeta
O perfume que exalava, na produção necessária
Para embriagar o espírito imortal,
Não se percebe
E as células do olfato
Não mais captam quaisquer aromas
As rosas perderam a beleza, suas cores desapareceram,
Murcharam e deixam suas pétalas caírem,
Uma após a outra na esperança de receber
Gotículas de orvalho, que lhes possam dar vida
O orvalho não cai e a lua tímida,
Deixa de tomar o lugar do sol
Que se perde no horizonte
Com seus raios, cores e luzes
Nada ocupa o teu lugar.
Ele permanece vazio.
Certo de que onde estiveres
Poderás retornar, quando quiseres
Pelo túnel do tempo. Sozinho
Se caminha pelas estradas da vida
Com a esperança de dar eco ao vazio,
Deixado pela estrela
Que não mais ilumina os passos
Mas dá força
Para continuar rumo à vitória,
Vencer os desafios, galgar a simpatia,
O respeito e a admiração de, pelo menos,
Daqueles que permanecem fiéis
Aos princípios da liberdade.