Paro junto ao leito
Fico a te fitar
Calado então me deito
Evitando te acordar
Trancadas no meu peito
Tantas coisas pra falar
Sem ter um jeito
Ao menos de chorar
Inquieto escuto
A noite a se escoar
Minuto após minuto
Pára e pinga devagar
O peito irresoluto
Quer partir e quer ficar
Sem ter um jeito
Ao menos de chorar
Penso em ceder como cedi
Viver de novo o que vivi
Matar o orgulho e ser escravo teu
Não sei viver sem ti, não sou ninguém
Mas sem orgulho eu não sou eu
Recomeçar desde o começo
Pagar de novo o mesmo preço
Ser teu senhor e ser escravo teu
Como viver sem ti, se sou ninguém
Mas sem orgulho eu não sou eu