Seus olhos brilham como brasas do lugar da sua habitação
Como um radar ele rastreia os meus passos lá das nuvens de algodão
E o besta por aqui
Fazendo oração
E o besta por aqui
Agradecendo em vão
Seu riso sádico se abre se me vê nalguma má situação
Mas inaugura um novo jogo se acaso eu encontro alguma solução
E o otário aqui
Clamando por perdão
E o otário aqui
Suplica salvação
E ele saliva prazeroso antegozando minha cara de indignação
Ante a surpresa que me espera quando finda for a encenação
E o idiota aqui
Em comiseração
E o idiota aqui
Autoflagelação
E incita asseclas a espalhar noções de culpa pelo globo e em minha opinião
Ele é produto do meu medo como eu sou fruto da sua imaginação
E o sabidão aqui
Na manipulação
E o sabichão aqui
Fantoche em sua mão
E os meus parceiros de ateísmo se imaginam livres da prisão
Constituindo seus preceitos na circunferência da religião
E o cabeçudo aqui
Cilício e opressão
E o cabeçudo aqui
Lutando contra o cão
Me espicaçar lhe dá prazer como o que encontro na masturbação
E assexuado ele goza prazeroso se eu só tenho circo e pão
E o crioulo aqui
Cumprindo sua missão
E o crioulo aqui
Clown
E por dentro
E no intimo do âmago do centro
E por dentro
E no intimo do âmago do centro