O barco que a alma penou
O mar se desfez
Virou sobra com a dobra da maré
Deixa eu ver o corpo fluir
Deixa eu ser parte de mim
Até que o vento passou
Levou mastro e vela num sopro só
Será que nadando pra superfície
Eu encontro o céu?
E quando o tempo parou
Tempestade se foi
Tripulação se perdeu
Em águas sofridas
Rostos profundos
Será que no nado o nada me arrebatou?
Será que do nada o nado me fez quem sou?