A porta aberta a sala encerra os seus jardins
Cheiro da cera se une com os seus jasmins
A noite esconde as rugas e a rua já deserta
Escurecendo tudo.
Quintais e tardes, barcos na cidade a chover
E um medo antigo me leva até o anoitecer
Cantos de muro e plantas. A terra descoberta
Descortinando tudo.
No espaço de uma vida
Nos passos para seus portões
Nos quartos há recordações
De tantos santos.
A casa acesa. A hora do sol vai chegar
E tudo em volta agora pede o seu final
O céu se faz telhado. As portas e janelas
Abrem-se pra cidade.
No espaço de uma vida
Nos passos para seus portões
Nos quartos há recordações
De tantos santos.