Mão calejada que nada terra lavoura
Carta de auforia perdida nessa poha
Pouca idadde e o sonho de morar lá na cidade
sem saber rifei minha perdi minha liberdade
Campos, vales ar fresco,
Passaros que cantam por aqui não vejo
Cercas branca, casa com varanda, criança lá fora
São vagas lembranças da alma que chora
Galinha soltas no quintal, alimento plantado
Fruta madura no pé hoje só no mercado
Belezas naturais, gostas de orvalho
Dias de sol e calor que marcaram o meu passado
Eu sou um retirante deste mundão sem fronteiras
Um escravo sonhado iludido com a riqueza
Tipo um prisoneiro da ilusão que me rodeia
Um rede uma teia uma grande cadeia
Pode esperar que um dia vou voltar
Pode esperar que um dia vou voltar
Pode esperar que um dia vou voltar
Pode esperar que um dia vou voltar
Ta tudo perdido e esse frio que me arrepia
Lembro triste da infância na terrinha
Pé descalço chão batido vida simples
Valores diferentes que aqui já não existem
Sonhos desperdiçados nunca concretizados
Semblantes sofridos homens amargurados
Aquela vida colorida natureza me lembro
Nesse dia cinza desse mês de dezembro
Me sinto confuso mais não me arrependo
Podia ser diferente mais por enquanto é o que tá tendo
Foi minha escolha vir pra selva de pedra
Sou mais um sobrevivente em meio a essa guerra
Sem trégua nem pausa minha causa te digo
Pensei que vindo pra cá seria diferente amigo
Estava errado só o sofrimento é diferente
Muito crime violência e a saudade dos parentes
Vida corrida muito trabalho pouco tempo pra família
Muitos sonhos pouco dinheiro não tenho nada do que queria
Porem eu não desisto não me entrego não vou me abater
Sempre fui guerreiro não á agora que vou deixar de ser
Pode esperar que um dia vou voltar
Pode esperar que um dia vou voltar
Pode esperar que um dia vou voltar
Pode esperar que um dia vou voltar