Eu já tinha prometido
Nunca mais me intrometer
Em peleia de fandango
No galpão do CTG
Mas dessa vez apareceu
Um reboliço danado
Entre a mulher do patrão
E a noiva do delegado
(E a gaita véia
Num bugio grosso
E dê-lhe osso
Era um gritedo:
"Larga, larga, cabeluda"
"Sai daqui, mondongo azedo"
De envergonhar papagaio
Criado no chinaredo
No CTG se pagava pra ver
Toda aquela folia
Deixe que ronque a gaita
Que isso é briga de bugia)
O motivo era vulgar:
Havia macho no meio
E não seria o patrão
Que era um índio muito feio
Nem tampouco o delegado
Merecedor de respeito
Mas que em termos de mulher
Não levava muito jeito
(E a gaita véia
Num bugio grosso
E dê-lhe osso
Era um gritedo:
"Larga, larga, cabeluda"
"Sai daqui, mondongo azedo"
De envergonhar papagaio
Criado no chinaredo
No CTG se pagava pra ver
Toda aquela folia
Deixe que ronque a gaita
Que isso é briga de bugia)
No calor do bate-boca
Um dedo duro surgiu
O gaiteiro era o motivo
Do rolo do mulherio
Por isso roncava a gaita
Bem alto pelo salão
Com medo do delegado
E do mango do patrão
(E a gaita véia
Num bugio grosso
E dê-lhe osso
Era um gritedo:
"Larga, larga, cabeluda"
"Sai daqui, mondongo azedo"
De envergonhar papagaio
Criado no chinaredo
No CTG se pagava pra ver
Toda aquela folia
Deixe que ronque a gaita
Que isso é briga de bugia)