Bombacha Nova
Para atender um chamado
Eu voltei um certo dia
Na fazenda do Segredo
O assunto eu já sabia
Mas voltei com a certeza
Desta vez eu não caía
Pulei ao cantar do galo
Encilhei o meu cavalo
Saí no clarear do dia
(refrão)
Guardei a bombacha velha
Que rasgou-se quase tudo
Voltei de bombacha nova
Metido a jacu rabudo
Voltei de bombacha nova
Metido a jacu rabudo
Guardei a bombacha velha
Que rasgou-se quase tudo
Eu cheguei na casa dele
Da janela alguém sorria
O velho saiu na porta
Perguntou o que eu queria
Respondi eu fui chamado
Disse ele eu não sabia
A cabeça balançou
E em seguida perguntou
Se a bombacha não partia
(refrão)
Mandou soltar o cavalo
Enquanto me recebia
Vamos lamber uma seca
Enquanto a chaleira chia
Veio de bombacha nova
Perguntou quem que fazia
Esta foi a Gabriela
Mora perto da capela
Pertinho onde a onça mia
(refrão)
Pra falar o casamento
Era o que eu mais queria
O velho me olhava firme
Enquanto o mate servia
Se o assunto terminava
De nervoso eu já tossia
Da sala a moça acenava
O suor eu enxugava
Que no rosto escorria
(refrão)
Mas falei o casamento
Era quase meio-dia
Mandou servir o almoço
E o velho não respondia
Com todos ali na mesa
Me disse que consentia
Fiquei louco de contente
Pois foi o melhor presente
Que eu ganhei naquele dia
(refrão)