Quero uma vaneira num tranco com passado
E um verso bem rimado crioulo do meu chão
Abrindo horizontes pelo céu da pampa
Trazendo esperança ao meu coração
Quero uma vaineira do sul do meu país
Um canto de raiz tocando a vida em frente
Que a fibra galponeira se afirme cada dia
Trazendo a alegria para a alma dessa gente
Quero uma vaneira que fale de flores
Replantando amores pela vida há fora
Para que os valores das coisas antigas
Floresçam em cantigas nos tempo de agora
Quero uma vaneira num tranco galponeiro
E um verso bem campeiro com cheiro de galpão
Que cante o Rio Grande com garra
E essencial alma de querencia e sabor de chimarrão
Quero uma vaneira que fale a verdade
Cante a liberdade rompendo fronteiras
Que a raça gaúcha leve no seu canto a paz
E o encanto sem cor de bandeira
Quero uma vaneira que fale de flores
Replantando amores pela vida há fora
Para que os valores das coisas antigas
Floresçam em cantigas nos tempo de agora